Categoria: Ode

Quando vinha era banho de má pra me curá
A água salgada no nariz vinha entrá
Tinha a brisa minha aura limpá
No pé da serra é bom respirá
Pode tá calor mas num falta á
A própria força é diferente lá
Da até mais disposição pa namorá
Quem nunca que viu o encontrá
Do sol da lua da serra e do má
Um dia eu ei de morá lá
No pé da serra pertin du má

Transbordante de amor
Assim sinto estar
Tinha cheiro de flor
Quando eu ia te cheirar

Sinto a saliva adocicada
Percebi depois ao voltar
Foi essa experiência
Que fez tudo isso aflorar

Cheio de sentimentos nobres
Vontade de abraçar o mundo
Bom ter amor que sobre
Agora me sinto mais feliz que tudo

Se me ver de repente a sorrir
É que lembrei do amor de ontem
E que ainda está por aqui
E que de repente vem

Quanto amor surgia
Quando paravamos para se olhar
Primeiro a gente ria
Depois voltavamos a se abraçar

Se não tivesse tempo
A gente não iria parar
Na energia do momento
Vamos continuar

Quando criança
Havia uma crença
Que os adultos sabiam de tudo
Que os segredos do universo
Eram revelados ao ser grande
Mas que ilusão
Pois os adultos não sabem não
Os próprios pequeninos
Sabem mais que os grandão
Pra começar vivia de coração
Hoje busco tudo na razão…

Papai do céu
Abençoe a humanidade
Não só os que vivem no campo
Mas também os da cidade

Amante da natureza
Já fiz amor com a lua
Nadei no rio pelado
E amo tomar banho de chuva.

Dizem por ai
Que o amor não existe
Que o carinho das mãos
É ilusão

Que o calor das almas
Esfriou
Mas no final do dia
Só viverás quem amou.

A cada segundo
Diferenciam-se os momentos
Mas até quando
Isto não sabemos
Agora sentimos e expressamos

Amanhã não estamos
Sobrando os abraços
Que economizamos
Sentindo a falta de quem amamos
Ou descobrindo que nunca amamos!

Nem todos acreditam no amor
Mas todos querem ser amados
Como colher um fruto
Que nunca foi plantado?

Falando nisso
Por quê o coração abandonado
Ainda teme o futuro
baseado no passado?